Governadores
do Nordeste se revoltam com o Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e
enviaram nesta quarta-feira (27) uma carta ao presidente Michel Temer em que
ameaçam processar o ministro.
Marun
afirmou, terça-feira (26), após reunião com o presidente, que a liberação
de recursos de bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, seria usada
como moeda de troca com governadores para que eles pressionem deputados a
aprovar as mudanças nas regras de aposentadoria.
Os
governadores do Nordeste, por sua vez, chamaram a prática de “ameaça” e
manifestam “profunda estranheza com as declarações atribuídas ao Sr. Carlos
Marun”. Segundo eles, esse tipo de ato é “arbitrário” e, caso confirmado,
dizem, não hesitarão em acionar política e juridicamente os agentes envolvidos.
Além dos
governadores do PT, PCdoB e PSB - partidos de oposição-, dois políticos do
PMDB, sigla de Temer, assinam a carta, além de um do PSD, da base do governo.
Do PMDB, eles são Jackson Barreto, de Sergipe, e Renan Filho, de Alagoas.
O governador
do Ceará, Camilo Santana (PT), foi enfático contra a pressão do Governo Temer
para aprovar a reforma da Previdência Social. Em entrevista na rádio Tribuna
BandNews FM, quarta-feira (27), Camilo anunciou carta de governadores do
Nordeste contra o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), e
disse: “Se eu fosse presidente, demitiria esse ministro hoje mesmo”.
O ministro
admitiu que estava cobrando os governadores e acrescentou que o Planalto espera
uma certa “reciprocidade” deles na votação da reforma da Previdência, marcada
para o dia 19 de fevereiro.
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