O governador
Camilo Santana participou, nesta terça-feira (6), do Encontro dos Governadores
do Nordeste, realizado em Teresina, no Piauí. O evento teve o objetivo de
discutir questões relacionadas à Segurança Pública e amadurecer estratégias de atuação
conjunta entre os estados para diminuir os índices de violência na Região e no
País.
Defendida
pelo chefe do Executivo cearense, a proposta de criação de um Centro Regional
de Inteligência da Polícia Federal do Nordeste, tendo o Ceará como sede, contou
com o apoio de todos os governadores da região. O motivo principal para o
Estado ser colocado como sede da ação foi a localização geográfica estratégica
do território cearense.
“Se a gente
conseguir a criação desses centros regionais, iremos fortalecer muito a nossa
luta contra o crime organizado e ajudaria na construção de políticas mais
firmes nos estados e nacionalmente”, afirmou Camilo. Ele também argumentou em
favor da criação de um Sistema Único de Segurança para o País, envolvendo
esforços de todas as autoridades estaduais e nacionais, com apelo especial ao
Judiciário, para que se revejam e fortaleçam as leis.
Ao fim do
encontro, os governadores assinaram documentos de compromisso para levar ao
Governo Federal propostas de curto, médio e longo prazos. Dentre as sugestões
aprovadas por todos os estados do Nordeste estão: a criação de um Fundo
Nacional de Segurança Pública, a integração do sistema de comunicação entre as
Polícias e os Estados, criação do Sistema Único de Segurança Pública e o
monitoramento integrado das divisas.
No último
mês de fevereiro, Camilo sancionou a lei que cria a Vara de Delitos de
Organizações Criminosas, que passa a ser o setor do Judiciário responsável
exclusivamente por receber todo crime que seja praticado e identificado como
sendo de grupo ou organização criminosa. O chefe do Executivo argumentou aos
outros governadores que defende que, nacionalmente, a Segurança Pública tenha
em mãos o controle de acordo com a atividade do criminoso. “Quero aqui defender
a classificação dos nossos criminosos, para que um traficante não seja colocado
no mesmo nível de alguém que comete um furto, e que não se permita que as
organizações criminosas consigam liminares para soltar os seus integrantes.
Isso é um absurdo. Precisamos criar um cadastro, com informações ao Judiciário,
e evitar que algo assim continue a acontecer”, afirmou.
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