A inauguração do Aeroporto do Pólo Turístico de Jericoacoara, a 287 km de Fortaleza, previsto para o dia 24 de junho, traz preocupações de ordem ambiental. Há o temor de que o aumento no número de visitantes esperado possa refletir em um turismo predatório, descaracterizando o ecossistema da região, um dos paraísos turísticos do Brasil mais conhecidos no mundo.
A presidente da Associação Empresarial Eu Amo Jeri, Sônia
Cavalcante, é uma das que demonstra essa preocupação. Para ela, a cidade de
Jijoca de Jericoacoara não solucionou problemas em aspectos básicos para
receber os turistas — embora reconheça esforço do poder público para mudar a
situação. Sônia também critica a “mania de querer fazer turismo massivo”.
Os impactos são admitidos pelo Governo do Estado. Para
contorná-los, a Secretaria de Turismo (Setur) anunciou o planejamento de uma
série de ações em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), “para preservar as características de Jeri”.
De acordo com o ICMBio, 760 mil pessoas visitaram a unidade
de conservação (UC) em 2016. O Conselho Comunitário de Jericoacoara afirma
serem previstos entre 800 e 900 mil turistas neste ano em Jijoca de
Jericoacoara.
Com a inauguração do aeroporto, que fica no município
vizinho de Cruz, a distância entre Fortaleza e Jericoacoara deve cair de cinco
para uma hora de viagem. Conforme a Setur, já estão confirmados voos para o dia
24 de junho, São Paulo (Congonhas)/Jericoacoara, pela companhia aérea Gol, e, a
partir de julho, dois pela Azul — Campinas/Jericoacoara (semanal) e
Recife/Jericoacoara (quatro vezes por semana).
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